terça-feira, 10 de dezembro de 2013
Conceitos Módulo 7 Unidade 2
Crash (craque) bolsista: termo empregue nas operações
financeiras de bolsas de ações para caracterizar a quebra dos valores dos
papéis e títulos postos à venda. O maior crash conhecido foi o ocorrido em
outubro de 1929, nos Estados Unidos.
Deflação: situação
económica, geralmente de crise, caracterizada por uma diminuição dos preços, do
investimento e da procura, acompanhada de uma progressão do desemprego.
Frequentemente, são os estados que originam essa situação no intuito de
combater a inflação dos meios de pagamento, a especulação e a alta de preços.
Para o efeito, diminuem a quantidade de papel-moeda, restringem o crédito e
reduzem os gastos do Estado.
Totalitarismo: sistema
político, no qual o poder se concentra numa só pessoa ou no partido único,
cabendo ao Estado o controlo da vida social e individual.
Fascismo: sistema
político instaurado por Mussolini na Itália, a partir de 1922. Profundamente
ditatorial, totalitário e repressivo, o fascismo suprimiu as liberdades
individuais e coletivas, defendeu a supremacia do Estado, o culto de chefe, o
nacionalismo, o corporativismo, o militarismo e o imperialismo. Por extensão, o
termo fascismo designa também todos os regimes totalitários de direita e até
mesmo simples regimes autoritários.
Nazismo: sistema
político instaurado por Hitler na Alemanha a partir de 1933. Para além de
perfilhar os princípios ideológicos do fascismo, distinguiu-se pelo racismo
violento, fundamentando-o numa suposta superioridade biológica e espiritual do
povo ariano, ao qual pertenceriam os alemães. Ao Estado nazi - erigido em
Estado racial - incumbiria não só a preservação da raça superior,
libertando-a do contacto com os elementos impuros - daí as perseguições aos
judeus -, mas também a sua expansão - donde a teoria do "espaço
vital" e o imperialismo alemão.
Propaganda: conjunto
de meios destinados a influenciar a opinião pública. Nos estados totalitários,
a propaganda procura inculcar nas massas a sua ideologia e os seus valores
culturais e morais. Entre os meios utilizados, citam-se os discursos, a
imprensa, panfletos, cartazes, a rádio, o cinema, a televisão, marchas,
canções, uniformes, emblemas, manifestações.
Corporativismo: forma
de organização socioeconómica que aceita a propriedade privada, mas estabelece
como necessária a intervenção do Estado no sentido de tomar aquela socialmente
útil. Para tal, defende a constituição de corpos profissionais (corporações) de
trabalhadores, patrões e serviços, que conciliam os seus interesses de modo a
promoverem a ordem, a paz e a prosperidade, ou seja, o bem-estar geral.
Antissemitismo: termo
que, do ponto de vista linguístico, significa hostilidade aos judeus. Do ponto
de vista histórico, as perseguições antissemitas relacionam-se com o triunfo da
religião cristã (os judeus não reconheceram Cristo e pediram a Pilatos a sua
morte) e atingiram as comunidades judaicas espalhadas pela Europa. Na altura da
Peste Negra e de outras epidemias, os judeus eram vistos como as origens do
mal, sendo acusados de envenenarem fontes. Na Península Ibérica, os judeus
convertidos ("cristãos-novos") foram as grandes vítimas da Inquisição
nos séculos XVI a XVIII. No século XIX, o antissemitismo assumiu, em alguns
países europeus, o carácter de racismo, ao identificar o povo judeu com uma
raça inferior e destruidora. Esta forma de antissemitismo atingiu o auge em
pleno século XX, na Alemanha nazi, originando a morte de milhões de judeus.
Intervencionismo: papel
ativo desempenhado pelo Estado no conjunto das atividades económicas a fim de
corrigir os danos ou os inconvenientes sociais derivados da aplicação escrita
do liberalismo económico. Concretizou-se no controlo dos preços, em leis sobre
os salários, na legislação do trabalho e social. O intervencionismo esteve
também na origem da participação do Estado como empresário e produtor de
serviços públicos. Entre estes, contam-se a produção e a distribuição de
energia, os caminhos de ferro, os correios, os telefones.
Genocídio: política
praticada por um governo visando a eliminação em massa de grupos étnicos,
religiosos, económicos ou políticos. Embora a História tenha registado uma
grande quantidade de genocídios, foram os regimes totalitários que levaram a
extremos indiscutíveis a prática do genocídio. O genocídio judaico durante a
Segunda Guerra Mundial é também apelidado de Holocausto ou, em hebreu, de Shoah
(catástrofe).
New Deal: literalmente,
significa nova distribuição e é a ex-pressão pela qual ficaram conhecidas as
reformas e iniciativas económicas e sociais implementadas pelo presidente dos
EUA Franklin Delano Roosevelt, a partir de 1933, para ultrapassar a Grande
Depressão. O New Deal assentou numa forte intervenção na Banca e nos créditos,
que foram incentivados, na atribuição de prémios de produção, no reajustamento
entre o nível salarial e o dos preços, na desvalorização do dólar e numa
política intensiva do comércio externo.
Media: palavra
inglesa que designa os meios de comunicação de grande impacto. Os mass media
(meios de comunicação de massas) dirigem-se a um público vasto, heterogéneo e
disperso.
Cultura de massas: conjunto
de manifestações culturais partilhado pela maioria da população. A cultura de
massas é difundida pelos mass media e típica das sociedades industriais do
século XX.
Funcionalismo: conjunto
de soluções arquitetónicas inovadoras que marca o início de uma arquitetura
verdadeiramente moderna. O funcionalismo une estreitamente a forma e a função
numa economia de custos e racionalidade de linhas, pondo em evidência a
estrutura volumétrica dos edifícios.
Estandardização de
comportamentos: uniformização das condutas individuais segundo um
padrão socialmente aceite. Em termos sociológicos, este fenómeno é visto como
um corolário da massificação social e cultural que caracteriza o século XX.
Realismo socialista: «Arte
oficial» da União Soviética, estabelecida no período estalinista. Definida por
Andrei Jdanov, em 1934, como a «descrição da realidade na sua dinâmica
revolucionária», o realismo socialista dirige-se às massas, tendo como objetivo
suscitar a sua adesão ao regime. Os temas remetem geralmente para o mundo
proletário e a vida feliz dos trabalhadores na sociedade socialista.
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
Conceitos Módulo 7 Unidade 1
Sovietes: conselhos de camponeses, operários, soldados e marinheiros da Rússia. Os primeiros sovietes, apenas com operários, remontam à Revolução de 1905 e foram instalados nas fábricas, como focos de ligação e dinamização dos grevistas. Contidos pelo fracasso do movimento, reapareceram em Fevereiro de 1917. A Revolução bolchevista de Outubro buscou nos sovietes a legitimação popular e fez deles a base da futura organização de Estado da URSS.
Marxismo-leninismo: desenvolvimento
teórico e aplicação prática das ideias de Marx e Engels na Rússia por Lenine.
Caracterizou-se por enfatizar:
- o papel do proletariado, rural e urbano, na conquisa do poder, pela via revolucionária e jamais pela evolução política;
- a identificação do Estado com o Partido Comunista, considerado a vanguarda do proletariado;
- o recurso à força e à violência na concretização da ditadura do proletariado.
Feminismo: movimento
de contestação e luta empreendido pelas mulheres com vista ao fim da sua
situação de dependência e inferioridade relativamente ao sexo masculino. As
reivindicações do movimento feminista centram-se, pois, na igualdade (jurídica,
social, económica, intelectual e política) entre os dois sexos.
Centralismo
democrático: princípio básico que norteia a organização do Partido e
do Estado comunista, segundo o qual todos os corpos dirigentes são eleitos de
baixo para cima, enquanto as suas decisões são de cumprimento obrigatório para
as bases.
Anomia social: ausência
de um conjunto de normas consistente e genericamente aceite pelo grupo social.
A anomia pressupõe a fragilidade e a relativização dos valores que ditam a
conduta dos indivíduos. É uma característica das sociedades atuais em que as
mudanças rápidas impedem a consolidação de um código social rígido.
Ditadura do
proletariado: segundo a teoria marxista, é a etapa por que deve passar
a revolução socialista antes da edificação do comunismo. A ditadura do
proletariado surge para desmantelar a estrutura do regime burguês,
possibilitando a supressão do Estado e a eliminação da desigualdade social.
Relativismo: abordagem
científico-filosófica que admite a impossibilidade do conhecimento absoluto e
acredita que o conhecimento depende das condições do tempo, do meio e do
sujeito que conhece.
Modernismo: movimento
cultural das primeiras décadas do século XX que revolucionou as artes
plásticas, a arquitectura, a literatura e a música, estendendo-se também às
restantes manifestações culturais. O modernismo reivindica a liberdade de
criação estética repudiando todos os constrangimentos, em especial os preceitos
académicos.
Psicanálise: ciência
psicológica criada por Sigmund Freud que abarca um corpo doutrinal teórico
(sobre o psiquismo), um método de pesquisa e um processo terapêutico. A
psicanálise abriu à Psicologia um novo campo de fenómenos (o inconsciente), através
do qual procura explicar comportamentos até aí tidos como inexplicáveis.
terça-feira, 4 de junho de 2013
Conceitos Módulo 6 Unidade 1
Capitalismo industrial: segunda fase do sistema económico
capitalista (a primeira foi o capitalismo comercial, século XVI-XVIII - viagens
de descobertas e de exploração). Surgiu na Inglaterra do século XVIII e foi
instalado de forma hegemónica no século XIX, modificando o sistema de trabalho
e de produção: da manufatura passou à maquinofatura que, através do recurso às
máquinas a vapor, possibilitava maior rapidez e um aumento na produção. Foi
marcado por transformações económicas, políticas, sociais e culturais: se por um
lado, fez aumentar as margens de lucro para os donos das fábricas, possibilitou
a descida de preços das mercadorias; por outro, conduziu ao desemprego, à
diminuição dos salários, à degradação das condições de trabalho, à exploração
de mão de obra feminina e infantil, à poluição (dos espaços, dos rios,
atmosférica, sonora...), à ocorrência de acidentes com máquinas, entre outros.
Rapidamente este sistema estendeu-se a outros países da Europa e aos EUA.
Muitos países europeus introduziram este sistema económico na Ásia e na África,
mas foram explorados pelos europeus num contexto de neocolonialismo, fornecendo
matérias-primas e riquezas e consumindo produtos industrializados fabricados na
Europa, sendo que o Japão começou a sobressair como potência emergente. Este
sistema económico conheceu períodos de crises cíclicas, particularmente a
partir do terceiro quartel do século XIX.
Progressos cumulativos: inovações científicas e técnicas que se potencializaram mutuamente, desenrolando-se numa dinâmica própria em que cada novo progresso servia de incentivo para se chegar ao seguinte.
Empresa: instituição económica, pública ou privada, ligada à produção industrial, à comercialização ou aos serviços.
Moeda fiduciária: denominam-se deste modo os meios de pagamento monetário ( como as notas bancárias, ou as moedas atuais) cujo valor de circulação - o valor facial ou nominal ( o que está escrito neles) - não corresponde ao valor real dos materiais em que são feitos, representando apenas um valor convencional que corresponde a igual valor em metais preciosos depositados nos cofres dos bancos emissores. Tais moedas presumem a confiança (fides) do público na existência de tais reservas no banco emissor.
Sociedade anónima: forma de constituição de uma empresa, cujo capital se encontra fracionado em títulos de igual valor (ações) que pertencem a vários titulares, geralmente não identificados. Os titulares das ações têm direito a uma percentagem dos lucros da empresa, proporcional ao valor das ações possuídas, mas também respondem, apenas na mesma proporção, pelos gastos e dívidas da mesma. Os títulos ou ações podem ser revendidos nas Bolsas, aumentando assim a capital disponível da empresa e permitindo lucros especulativos.
Capitalismo financeiro: terceira fase do sistema económico que começou a emergir a partir do terceiro quartel do século XIX, isto é, no período de expansão imperialista (1875-1914), e que viria a consolidar-se após a 1ª Guerra Mundial. Caracteriza-se pelo desenvolvimento da Banca e de grandes grupos empresariais.
Taylorismo: doutrina de racionalização do trabalho industrial que visa a maximização do rendimento técnico do binómio trabalhador-equipamento, pela mecanização e automatização dos atos dos operários, pela eliminação dos tempos mortos e gestos inúteis e pela redução do esforço físico e psicológico dos trabalhadores. Foi enunciada pelo engenheiro norte-americano Frederick Winslow Taylor com base na divisão metódica das tarefas laborais, na adequação dos diferentes tipos de tarefas entre si e nas aptidões dos diversos trabalhadores.
Estandardização: uniformização dos modelos produzidos em série; redução da produção a um só modelo.
Capitalismo rural: sistema económico utilizado por um conjunto de empresários e de instituições financeiras, cujo capital resultou dos lucros obtidos em atividades produtivas rurais (agricultura, viticultura, criação de gado, pecuária...), as quais visavam a grande produção e a sua total mercantilização, de modo a obter o máximo de lucros, reinvestíveis na agricultura ou noutras atividades económicas.
Zollverein: acordo de unificação aduaneira que uniu os Estados da Confederação Alemã desde 1834 até à proclamação do I Reich, em 1871 (Chanceler Bismarck).
Crise cíclica: perturbações da vida económica que ocorrem em intervalos de tempo regulares.
Conceitos Módulo 6 Unidade 2
Explosão demográfica: brusco aceleramento da taxa de
crescimento da população mundial. Esse aceleramento, que ocorreu a partir de
finais do século XVIII, deveu-se, sobretudo, à queda d taxa de mortalidade e
atingiu primeiramente os países mais industrializados.
Emigração: movimento populacional, voluntário e espontâneo,
que implica o abandono do país de origem e instalação num país estrangeiro,
definitivamente ou por um longo período de tempo.
Sociedade de Classes: estrutura social estabelecida pelo
liberalismo. Baseia-se na igualdade jurídica de todos os cidadãos perante a
lei, no respeito pelos direitos naturais dos homens e pela liberdade individual
em todos os setores. Aceita como únicas diferenças as resultantes das
capacidades individuais, da profissão e do poder económico de cada um. Admite,
deste modo, a mobilidade ascensional e descensional dos indivíduos.
Profissões liberais: conjunto de profissões de natureza não
comercial e não industrial que se exercem de modo livre e independente, por
conta própria. Reconhecem-se como profissões liberais a medicina, a advocacia,
a jurisprudência.
Classes médias: grupos sociais muito heterogéneos que se
formaram por meados do século XIX e que se distinguem do povo comum por
possuírem uma situação económica mais estável e desafogada, sem contudo
alcançarem a posição de riqueza, prestígio e poder de elites. Exercem
profissões não braçais, detêm pequenos negócios no comércio ou na indústria, ou
vivem de modestas pensões provenientes de bens móveis ou imóveis.
Serviços: conjunto de atividades do chamado "setor
terciário urbano" (segundo Colin Clark). Por outras palavras, as
atividades que não produzem bens, mas desempenham tarefas úteis à coletividade
ou a outrem. Incluem-se no setor dos serviços as atividades ligadas aos
transportes, à armazenagem, às comunicações, à administração pública, aos
serviços coletivos públicos (saúde, saneamento, bombeiros, polícias,
professores, etc.) ou ainda as atividades desenvolvidas por empresas
particulares no campo recreativo, hoteleiro, comercial e pessoal ou outras
afins.
Self-made man: expressão inglesa que significa, à letra,
"o homem que se faz a si próprio". No século XIX, esta expressão foi
empregue com frequência para designar os homens de origem humilde e sem
preparação que, à custa dos próprios méritos e do trabalho, alcançaram uma
posição de destaque nos negócios, na política, nas profissões liberais ou nas
letras.
Grémio: associação de carácter profissional, económico e, mais
raramente, cultural, como no caso dos grémios literários.
Filantropia: doutrina filosófica e política que visa
alcançar a construção da felicidade humana pela prática do humanitarismo como
meio para eliminar as injustiças reinantes na sociedade. (Etimologicamente,
filantropia significa amor pela Humanidade ou humanitarismo).
Consciência de classe: identificação do indivíduo com o
grupo social a que pertence por razões profissionais, socioeconómicas ou
político-culturais. Grau de consciência que um grupo social possui de si
próprio enquanto entidade coletiva, unida pelas mesmas condições de vida e pelo
mesmo estatuto político-económico.
Proletariado: termo de origem romana que designa as camadas
populacionais que não têm outro meio de sobrevivência que não seja venderem a
sua força de trabalho (= capacidade de trabalho); assalariado. Embora
incluísse, inicialmente, apenas os operários das indústrias, o termo foi-se
generalizando ao longo do século XIX, passando a abranger os assalariados de
todos os setores de atividade.
Socialismo: sistema político-ideológico que nasceu na Europa
durante o século XIX. Caracteriza-se por propor o estabelecimento de uma
sociedade ideal onde, através da abolição da propriedade privada e da
coletivização da economia, a igualdade económica e social fosse efetivamente
conseguida, a par da igualdade jurídica e política. De raízes diversas, o
socialismo apresenta diferentes feições ideológicas e deferentes práxis
políticas. A corrente dominante é, desde finais do século XIX, a do socialismo
marxista ou socialismo científico.
Greve: suspensão coletiva da prestação de trabalho, resolvida por combinação prévia entre os trabalhadores subordinados de uma mesma empresa ou de empresas do mesmo setor, tendo por fim obter a satisfação de reivindicações de carácter profissional.
Movimento operário: expressão utilizada para designar a luta dos operários em prol da sua causa. Como formas de luta, os operários usaram a formação de associações de entre-ajuda, as manifestações, as greves e os sindicatos. Iniciado ainda no primeiro quartel do século XIX, o movimento operário só tomou uma feição organizada e oficial após 1860-70 com o apoio e suporte ideológico do socialismo científico e do anarquismo.
Sindicato: associação de carácter profissional que congrega trabalhadores coma mesma profissão ou profissões conexas, unidos pelo propósito de lutar pela defesa dos seus direitos profissionais, tanto no plano económico, como moral e político. Inicialmente considerados como associações privadas, os sindicatos alcançaram, nos finais do século XIX, o reconhecimento oficial, obtendo prerrgativas de direito público e sendo reconhecidos a nível político.
Luta de classes: antagonismos de carácter profissional, económico e sociopolítico que opõem grupos sociais com interesses diferentes. Para Karl Marx, autor da expressão, só existem duas verdadeiras classes nas sociedades burguesas do século XIX: a burguesia e o operariado.
Internacional Operária: designação dada a uma das várias associações estabelecidas para coordenar as organizações comunistas espalhadas por todo o Mundo. A I Inernacional foi fundada em 1864, em Lonfres, o seu protagonista mais importante foi Karl Marx e ficou conhecida por Internacional operária.
Greve: suspensão coletiva da prestação de trabalho, resolvida por combinação prévia entre os trabalhadores subordinados de uma mesma empresa ou de empresas do mesmo setor, tendo por fim obter a satisfação de reivindicações de carácter profissional.
Movimento operário: expressão utilizada para designar a luta dos operários em prol da sua causa. Como formas de luta, os operários usaram a formação de associações de entre-ajuda, as manifestações, as greves e os sindicatos. Iniciado ainda no primeiro quartel do século XIX, o movimento operário só tomou uma feição organizada e oficial após 1860-70 com o apoio e suporte ideológico do socialismo científico e do anarquismo.
Sindicato: associação de carácter profissional que congrega trabalhadores coma mesma profissão ou profissões conexas, unidos pelo propósito de lutar pela defesa dos seus direitos profissionais, tanto no plano económico, como moral e político. Inicialmente considerados como associações privadas, os sindicatos alcançaram, nos finais do século XIX, o reconhecimento oficial, obtendo prerrgativas de direito público e sendo reconhecidos a nível político.
Luta de classes: antagonismos de carácter profissional, económico e sociopolítico que opõem grupos sociais com interesses diferentes. Para Karl Marx, autor da expressão, só existem duas verdadeiras classes nas sociedades burguesas do século XIX: a burguesia e o operariado.
Internacional Operária: designação dada a uma das várias associações estabelecidas para coordenar as organizações comunistas espalhadas por todo o Mundo. A I Inernacional foi fundada em 1864, em Lonfres, o seu protagonista mais importante foi Karl Marx e ficou conhecida por Internacional operária.
Conceitos Módulo 6 Unidade 3
Partido de massas: grupo político que depende da adesão
popular para se instituir. Contrapõe-se à noção de "partido de
quadros" ou "de comité", usualmente atribuída aos partidos
liberais e burgueses so século XIX. Estes organizavam-se de cima para baixo,
isto é, nasciam de associações de personalidades, formadas em torno de um chefe
parlamentar ou de um político de nomeada.
Sistema (ou sufrágio) maioritário: processo de representação
que funciona do seguinte modo: dividea nação em círculos eleitorais e, em cada
círculo, apenas admite a nomeação de deputados do partido aí mais votado, com
exclusão de todos os outros, qualquer que tenha sido o seu número de votos.
Referendo: auscultação da opinião pública por voto direto de
todos os cidadãos.
Laicismo: doutrina que proclama o carácter
não-religioso das instituições sociopolíticas e culturais ou que, pelo menos,
reclama a autonomia destas em face da religião. No século XIX e no princípio do
século XX, o problema do laicismo colocou-se em toda a Europa e deu origem a
duas grandes tendências: à separação do poder espiritual e do poder temporal,
isto é, da Igreja e do Estado; e, em alguns casos, ao atísmo oficial.
Sufrágio universal: sistema de votação em que a eleição é
participada por todos os cidadãos, a partir da maioridade, sem exceções de
sexo, riqueza , raça, nível de escolaridade, estado civil ou outras.
Estado autoritário: estado despótico que se fundamenta no
poder e na autoridade de uma minoria, exercido de modo arbitário sobre o
conjunto dos governados. Nestes Estados, o poder apoia-se no exército e nas
forças policiais e desempenha forte ação repressora sobre os cidadãos.
Autocracia: governo exercido em nome pessoal; sistema
político em que a vontade de um só homem é a lei suprema (do grego autokrateia,
poder absoluto).
Colonialismo/imperialismo: sistema de dominação (política,
económica e cultural) das metrópoles sobre as colónias. O colonialismo europeu,
com origem nas descobertas dos séculos XV e XVI, assumiu, no século XIX, uma
feição de imperialismo (anexação desses territórios e efetivo exercício daquele
domínio).
Nacionalismo: política ou atitude de alguns Estados no
sentido de uma defesa dos valores nacionais, como a raça, a História nacional,
que, levada ao extremo, conduz a uma predisposição para a recuperação de
fronteiras antigas e sua expansão, logo a uma atitude expansionista e bélica.
Conceitos Módulo 6 Unidade 4
Fontismo: política de melhoramentos posta em prática pelo Ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria, criado em 1852, pelo Governo da Regeneração e primeiramente chefiado por António Maria Fontes Pereira de Melo, de onde retirou o seu nome. Indissociável do livre-cambismo e do capitalismo burguês, cujos interesses defendeu, a política "fontista" incidiu na criação de infraestruturas materiais para o desenvolvimento económico do País
Regeneração: período da História portuguesa que se iniciou
em meados do século XIX e se prolongou até à década de 1870, marcado
especialmente pela ação de Fontes Pereira de Melo, em que se verifica um
desenvolvimento económico do país, iniciando-se a revolução dos transportes e a
industrialização, Politicamente, correspondeu a uma certa pacificação e à
consolidação da democracia liberal.
Conceitos Módulo 6 Unidade 5
Cientismo: atitude segundo a qual a ciência dá a conhecer as
coisas como são, resolve todos os reis problemas da Humanidade e é suficiente
para satisfazer todas as necessidade legítimas da inteligência humana.
Positivismo: conjunto de doutrinas de Auguste Comte caracterizado
sobretudo pelo impulso que deu ao desenvolvimento de uma orientação
cientificista do pensamento filosófico, atribuindo à constituição e ao processo
da ciência importância capital para o progresso de qualquer ramo do
conhecimento e da sociedade.
Impressionismo: movimento artístico dos finais do século
XIX, sobretudo pictórico, nascido em Paris. Segundo os impressionistas, o
principal elemento da sua arte é a luz e, através das suas diferentes
intensidades, a cor. A cor não é empregue pelo que vale ou exprime por si
mesma, mas pelo que evoca e traduz.
Arte Nova: estilo artístico nascido na década final do século XIX, na França. Expandiu-se pela Europa e América. Opôs-se aos revivalismos da época, procurando o uso de novas formas expressivas na arquitetura, na pintura e nas artes decorativas, recorrendo a ornamentações assimétricas, inspiradas na Natureza e na arte japonesa.
Simbolismo: escola literária e pictórica da 2ª metade do
século XIX, originária de França, caracterizada por uma visão subjectiva,
simbólica e espiritual do Mundo e que adotou novas formas de expressão,
traduzindo as impressões por meio de uma linguagem onde dominava a preocupação
estética.
Realismo: conceção literária e estética segundo a qual o escritor e o artista devem representar o real tal como ele é, sem o idealizar.sexta-feira, 8 de março de 2013
Conceitos Módulo 5 Unidade 5
Liberalismo económico: conjunto de
princípios regulou a gestão da vida económica nos regimes liberais. Inspirado
na ideia iluminista da ordem natural e respeitando como corolário máximo a
liberdade individual, o liberalismo faz repousar o bem-estar económico da
sociedade nos princípios da livre iniciativa privada, exercida em livre
concorrência, prescrevendo toda e qualquer intervenção do Estado em matéria
económica.
Romantismo: movimento cultural
(literário, artístico e filosófico) que se difundiu na Europa e na América
entre finais do século XVIII e meados do século XIX. Contrapõe-se ao
neoclassicismo e exalta o individualismo, a subjetividade, a imaginação e os
sentimentos.
Época Contemporânea: último
período da evolução histórica, aquele em que se estabeleceram os padrões
culturais e civilizacionais do mundo atual. A historiografia inicia-o com as
transformações provocadas pelos efeitos conjuntos do liberalismo e da revolução
industrial; convencionalmente, escolheu-se para sua data inicial a da Revolução
Francesa, 1789.
Conceitos Módulo 5 Unidade 4
Jacobinismo: nome atribuído ao
ideário político dos membros do Clube Jacobino que, durante a Revolução Francesa,
se caracterizaram por uma atitude revolucionária, radical e antirreligiosa.
Nesta época, em Portugal, o termo designava, pejorativamente, todos os
simpatizantes do liberalismo.
Vintismo: nome atribuído à
ideologia liberal e à fação política defendida pelos revolucionários de 1820.
Foi apelidada de radical pelas outras fações liberais existentes, por
restringir os direitos do Rei e suprimir os privilégios da nobreza e clero
tradicionais (e ainda embora em menor grau, pela abertura que concedeu à liberdade
de opinião e pensamento e à reforma do ensino).
Cartismo: designação que se
atribui ao liberalismo moderado, em Portugal, o qual, na sua generalidade,
segue os princípios ideológicos patentes na Carta Constitucional de 1826. O
termo generalizou-se após a Revolução Setembrista de 1836, opondo-se ao
"setembrismo" que defendia o regresso ao ideário democrático e
progressista da Constituição de 1822.
Setembrismo: fação mais
democrática e popular do liberalismo português, inspirada no vintismo (isto é,
adepta da Constituição de 1822). Surgiu com a Revolução de Setembro de 1836,
golpe de Estado parlamentar que se apôs a um certo conservadorismo do regime
cartista instalado em 1834. Teve como líderes os irmãos José e Manuel Passos
(vulgo, Passos Manuel), Soares Caldeira, Leonel Tavares e José Estêvão.
Afastado do poder em 1842, com a ascensão do cabralismo, o setembrismo perdurou
como ideário político até ao advento do republicanismo.
Cabralismo: nome atribuído à
política desenvolvida por Costa Cabral nos seus dois governos: de 1842 a 1846 e
de 1849 a 1851. apoiado pela nova aristocracia liberal dos barões e viscondes
(a alta burguesia fundiária, comercial e financeira), o seu projeto político visava
o progresso do país pelo desenvolvimento das obras públicas e modernização da
administração.
Conceitos Módulo 5 Unidade 2
Fisiocratismo: doutrina económica
de cariz iluminista que considera a terra como única fonte de riqueza e a
agricultura como a atividade fundamental; defende o direito individual à
propriedade e à livre iniciativa; propõe a abolição de todos os entraves à
livre circulação dos produtos e condena a interferência do Estado na vida
económica. Esta doutrina desenvolveu-se no século XVIII e foi teorizada por
filósofos e economistas como Adam Smith (1723-1790), François Quesnay
(1694-1774) e Gournay (1712-1759).
Terceiro Estado: expressão
utilizada nos finais do século XVIII para designar a população não
privilegiada. Encabeçado pela burguesia, que o representava nas Cortes (Estados
Gerais), o Terceiro Estado incluía todos os estratos e profissões populares,
possuindo, por isso, o significado de " povo comum".
Assembleia dos Notáveis: órgão
consultivo do poder central, composto pelos mais altos dignatários das ordens
privilegiadas.
Estados Gerais: órgão político de
carácter consultivo e deliberativo, constituído pelos representantes das três
ordens sociais. Teve a sua origem nas Cortes medievais e foi o mais alto órgão
político até ao século XVII. Com a ascensão do absolutismo, perdeu a sua força,
não reunindo, em França, desde 1614.
Jacquerie: nome atribuído, em
França, aos levantamentos e tumultos populares.
Monarquia Constitucional: forma de
monarquia em que o rei detém apenas uma parcela do poder soberano (em regra, o
poder executivo), estando os restantes poderes divididos por uma Assembleia ou
Parlamento e pelos Tribunais. Assenta nos princípios de soberania da Nação e na
separação dos poderes, e reconhece a superioridade da lei, patente numa
Constituição.
Soberania nacional (da Nação): conceito-base
da democracia que faz repousar o poder maior de um Estado na vontade da maioria
da sua população.
Sufrágio censitário: tipo de
votação que apenas admite como votantes (eleitores) os cidadãos que paguem o
censo, imposto devido pela posse de uma terra ou de um contrato de
usufrutuário.
Terror: etapa da Revolução
Francesa que coincidiu com o governo da Convenção Montanhesa, isto é, de junho
de 1793 a julho 1794. Foi o período mais sangrento da Revolução, marcado pela
repressão social, por violentas perseguições políticas, prisões e execuções em
massa.
Estado laico: Estado onde o poder
político se reconhece como não religioso e mantém uma altitude de isenção e
neutralidade face à(s) religião(ões)
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