Crash (craque) bolsista: termo empregue nas operações
financeiras de bolsas de ações para caracterizar a quebra dos valores dos
papéis e títulos postos à venda. O maior crash conhecido foi o ocorrido em
outubro de 1929, nos Estados Unidos.
Deflação: situação
económica, geralmente de crise, caracterizada por uma diminuição dos preços, do
investimento e da procura, acompanhada de uma progressão do desemprego.
Frequentemente, são os estados que originam essa situação no intuito de
combater a inflação dos meios de pagamento, a especulação e a alta de preços.
Para o efeito, diminuem a quantidade de papel-moeda, restringem o crédito e
reduzem os gastos do Estado.
Totalitarismo: sistema
político, no qual o poder se concentra numa só pessoa ou no partido único,
cabendo ao Estado o controlo da vida social e individual.
Fascismo: sistema
político instaurado por Mussolini na Itália, a partir de 1922. Profundamente
ditatorial, totalitário e repressivo, o fascismo suprimiu as liberdades
individuais e coletivas, defendeu a supremacia do Estado, o culto de chefe, o
nacionalismo, o corporativismo, o militarismo e o imperialismo. Por extensão, o
termo fascismo designa também todos os regimes totalitários de direita e até
mesmo simples regimes autoritários.
Nazismo: sistema
político instaurado por Hitler na Alemanha a partir de 1933. Para além de
perfilhar os princípios ideológicos do fascismo, distinguiu-se pelo racismo
violento, fundamentando-o numa suposta superioridade biológica e espiritual do
povo ariano, ao qual pertenceriam os alemães. Ao Estado nazi - erigido em
Estado racial - incumbiria não só a preservação da raça superior,
libertando-a do contacto com os elementos impuros - daí as perseguições aos
judeus -, mas também a sua expansão - donde a teoria do "espaço
vital" e o imperialismo alemão.
Propaganda: conjunto
de meios destinados a influenciar a opinião pública. Nos estados totalitários,
a propaganda procura inculcar nas massas a sua ideologia e os seus valores
culturais e morais. Entre os meios utilizados, citam-se os discursos, a
imprensa, panfletos, cartazes, a rádio, o cinema, a televisão, marchas,
canções, uniformes, emblemas, manifestações.
Corporativismo: forma
de organização socioeconómica que aceita a propriedade privada, mas estabelece
como necessária a intervenção do Estado no sentido de tomar aquela socialmente
útil. Para tal, defende a constituição de corpos profissionais (corporações) de
trabalhadores, patrões e serviços, que conciliam os seus interesses de modo a
promoverem a ordem, a paz e a prosperidade, ou seja, o bem-estar geral.
Antissemitismo: termo
que, do ponto de vista linguístico, significa hostilidade aos judeus. Do ponto
de vista histórico, as perseguições antissemitas relacionam-se com o triunfo da
religião cristã (os judeus não reconheceram Cristo e pediram a Pilatos a sua
morte) e atingiram as comunidades judaicas espalhadas pela Europa. Na altura da
Peste Negra e de outras epidemias, os judeus eram vistos como as origens do
mal, sendo acusados de envenenarem fontes. Na Península Ibérica, os judeus
convertidos ("cristãos-novos") foram as grandes vítimas da Inquisição
nos séculos XVI a XVIII. No século XIX, o antissemitismo assumiu, em alguns
países europeus, o carácter de racismo, ao identificar o povo judeu com uma
raça inferior e destruidora. Esta forma de antissemitismo atingiu o auge em
pleno século XX, na Alemanha nazi, originando a morte de milhões de judeus.
Intervencionismo: papel
ativo desempenhado pelo Estado no conjunto das atividades económicas a fim de
corrigir os danos ou os inconvenientes sociais derivados da aplicação escrita
do liberalismo económico. Concretizou-se no controlo dos preços, em leis sobre
os salários, na legislação do trabalho e social. O intervencionismo esteve
também na origem da participação do Estado como empresário e produtor de
serviços públicos. Entre estes, contam-se a produção e a distribuição de
energia, os caminhos de ferro, os correios, os telefones.
Genocídio: política
praticada por um governo visando a eliminação em massa de grupos étnicos,
religiosos, económicos ou políticos. Embora a História tenha registado uma
grande quantidade de genocídios, foram os regimes totalitários que levaram a
extremos indiscutíveis a prática do genocídio. O genocídio judaico durante a
Segunda Guerra Mundial é também apelidado de Holocausto ou, em hebreu, de Shoah
(catástrofe).
New Deal: literalmente,
significa nova distribuição e é a ex-pressão pela qual ficaram conhecidas as
reformas e iniciativas económicas e sociais implementadas pelo presidente dos
EUA Franklin Delano Roosevelt, a partir de 1933, para ultrapassar a Grande
Depressão. O New Deal assentou numa forte intervenção na Banca e nos créditos,
que foram incentivados, na atribuição de prémios de produção, no reajustamento
entre o nível salarial e o dos preços, na desvalorização do dólar e numa
política intensiva do comércio externo.
Media: palavra
inglesa que designa os meios de comunicação de grande impacto. Os mass media
(meios de comunicação de massas) dirigem-se a um público vasto, heterogéneo e
disperso.
Cultura de massas: conjunto
de manifestações culturais partilhado pela maioria da população. A cultura de
massas é difundida pelos mass media e típica das sociedades industriais do
século XX.
Funcionalismo: conjunto
de soluções arquitetónicas inovadoras que marca o início de uma arquitetura
verdadeiramente moderna. O funcionalismo une estreitamente a forma e a função
numa economia de custos e racionalidade de linhas, pondo em evidência a
estrutura volumétrica dos edifícios.
Estandardização de
comportamentos: uniformização das condutas individuais segundo um
padrão socialmente aceite. Em termos sociológicos, este fenómeno é visto como
um corolário da massificação social e cultural que caracteriza o século XX.
Realismo socialista: «Arte
oficial» da União Soviética, estabelecida no período estalinista. Definida por
Andrei Jdanov, em 1934, como a «descrição da realidade na sua dinâmica
revolucionária», o realismo socialista dirige-se às massas, tendo como objetivo
suscitar a sua adesão ao regime. Os temas remetem geralmente para o mundo
proletário e a vida feliz dos trabalhadores na sociedade socialista.
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