Jacobinismo: nome atribuído ao
ideário político dos membros do Clube Jacobino que, durante a Revolução Francesa,
se caracterizaram por uma atitude revolucionária, radical e antirreligiosa.
Nesta época, em Portugal, o termo designava, pejorativamente, todos os
simpatizantes do liberalismo.
Vintismo: nome atribuído à
ideologia liberal e à fação política defendida pelos revolucionários de 1820.
Foi apelidada de radical pelas outras fações liberais existentes, por
restringir os direitos do Rei e suprimir os privilégios da nobreza e clero
tradicionais (e ainda embora em menor grau, pela abertura que concedeu à liberdade
de opinião e pensamento e à reforma do ensino).
Cartismo: designação que se
atribui ao liberalismo moderado, em Portugal, o qual, na sua generalidade,
segue os princípios ideológicos patentes na Carta Constitucional de 1826. O
termo generalizou-se após a Revolução Setembrista de 1836, opondo-se ao
"setembrismo" que defendia o regresso ao ideário democrático e
progressista da Constituição de 1822.
Setembrismo: fação mais
democrática e popular do liberalismo português, inspirada no vintismo (isto é,
adepta da Constituição de 1822). Surgiu com a Revolução de Setembro de 1836,
golpe de Estado parlamentar que se apôs a um certo conservadorismo do regime
cartista instalado em 1834. Teve como líderes os irmãos José e Manuel Passos
(vulgo, Passos Manuel), Soares Caldeira, Leonel Tavares e José Estêvão.
Afastado do poder em 1842, com a ascensão do cabralismo, o setembrismo perdurou
como ideário político até ao advento do republicanismo.
Cabralismo: nome atribuído à
política desenvolvida por Costa Cabral nos seus dois governos: de 1842 a 1846 e
de 1849 a 1851. apoiado pela nova aristocracia liberal dos barões e viscondes
(a alta burguesia fundiária, comercial e financeira), o seu projeto político visava
o progresso do país pelo desenvolvimento das obras públicas e modernização da
administração.
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